Francamente não pensava em escrever sobre as manifestações insatisfeitas com o resultado das eleições. Até o faço com proposital demora. Uma análise bem produzida requer tempo. Senão são apenas conjecturas, nem sempre prováveis.
A certeza de imediato que eu tinha era que as manifestações, assim que começaram, são garantidas pela Constituição, mas, não foram realizadas completamente dentro da legalidade. Os caminhoneiros tinham todo direto de se manifestar. A população tem esse direito, por isso acredito que não só os caminhoneiros deveriam se manifestar, mas, demais setores da sociedade também, ou, ao menos, um apoio popular maior. Mas, interferir no direito de ir e vir não! Nem todo caminhoneiro queria ficar parado, muitos foram impedidos de seguir viagem. A manifestação para ser coerente com o que se quer deve preservar o direito do outro em aderir ou não.
Quem em sua grande maioria não costuma respeitar direitos em suas manifestações são os manifestantes da esquerda, que queimam pneus para impedir trânsito, depredam patrimônio público e principalmente privado, queimam a Bandeira Nacional, e em consequência, entram constantemente em confronto com policiais. A grande mídia propaga que isso é liberdade de expressão, e as manifestações da direita são tidas como antidemocráticas. Ou seja, quase sempre a verdade é distorcida. Mas ao realizar atos antidemocráticos a direita se assemelha à esquerda. E de que forma isso acontece? Quando se interfere no direito de ir e vir, quando se apresenta faixas pedindo intervenção federal, intervenção militar. Nisso ocorre a analogia. Pura falta de raciocínio lógico. Vejamos: para se ter uma intervenção federal e, ou, militar, necessita de uma ação direta do presidente Bolsonaro, ou ainda mais antidemocrática uma ação direta das forças armadas. Mas isso é justamente o que a esquerda sempre acusou Bolsonaro: de ser fascista. Se parte dele uma intervenção federal, ele corroborará com a acusação. Assim também acontecerá com os militares.
Manifestação pra ser logica e principalmente produtiva deve acontecer da forma correta, ou seja, dentro do que garante a Constituição que nos afirma em seu Artigo 1º, parágrafo único: "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.". Logo, o povo tem todo direito de se manifestar diretamente, desde que dentro da Constituição, o que já derruba por terra o que a grande mídia afirma que as manifestações da esquerda, em sua grande maioria, são democráticas, pois, não o são. E outra forma de manifestação é por seus representantes eleitos. E diz um velho ditado popular: "O político tem medo é do povo na rua."; ou vocês acham que, se em 2.014 o povo não fosse para a rua, a presidente Dilma passaria pelo processo de impeachment?
Sendo assim, desde que não se interfira nos direitos dos demais, toda manifestação é sempre bem-vinda. Por mais que Vossa Excelência, o Sr. Ministro Alexandre de Moraes afirme que, quem questiona o resultado das urnas é um antidemocrata, se esse questionamento for pautado pela Constituição, é plausível. E qual a forma correta de se manifestar: cada um em sua cidade, cobrando cada vereador e prefeito. A corrupção não se mantém apenas em Brasília, mas em todos os aspectos, ou seja, no âmbito federal, estadual e municipal. Cobrar os deputados estaduais e governadores eleitos em cada estado, mas, cobrar também principalmente, deputados federais e senadores. Eles quem aprovarão ou não o que o Sr. Presidente eleito encaminhar ao Congresso. Fiscalizar cada ato, de cada um deles, será a melhor manifestação democrática. Obviamente, sem "oposição burra", que é aquela que barra tudo, sendo oposição, simplesmente por ser oposição. Isso a esquerda já faz, e a direita só se assemelharia a eles.
Você acompanhou o que todos, deputados federais e estaduais, senadores, governadores, prefeitos e vereadores tem feito? Acompanhar o presidente é fácil. Mas e o restante dos eleitos? Pois é! Se não acompanhou, é hora de começar. Senão, sua manifestação que apenas aquece glúteos na poltrona não resultará em nada. Temos ainda dois anos de governo em cada prefeitura e longos quatros anos no âmbito federal. Ou esse inconformismo atual passa à uma ação concreta de fato, ou, se perderá com o tempo.
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