Engenheiro faz análise e comenta sobre a situação da Ponte Gumercindo Penteado

Buracos na pista e muretas de proteção quebradas colocam em risco a segurança de motoristas e pedestres. DNIT e União já apresentaram defesa no processo

Por Portal Notícias Colômbia SP em 11/09/2018 às 21:58:00 - Atualizado há
Ponte sobre o Rio Grande está em estado precário, em Colômbia, SP - Foto: Portal NC

Ponte sobre o Rio Grande está em estado precário, em Colômbia, SP - Foto: Portal NC

Há anos, os moradores de Colômbia-SP e Planura-MG, além de motoristas que passam pela Ponte Gumercindo Penteado cobram melhorias na estrutura, que está sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT. A ponte apresenta uma boa estrutura, mas, com o passar dos anos ela foi sendo danificada em razão de acidentes que ocorreram no local. A nossa reportagem já publicou sobre a Ação Civil Pública onde o MPF obriga o Governo Federal a reparar os estragos.

A ponte é de responsabilidade do DNIT e a União já apresentou defesa no processo, mas não abordou a questão do risco, pois a ponte sobre o Rio Grande apresenta vários buracos e isso afeta a segurança dos usuários. Ciclistas e pedestres convivem com a mureta de proteção quebrada e ferragens expostas. A estrutura tem 64 anos, com oitocentos metros de extensão e sua altura chega a oito metros acima do nível do rio.

O engenheiro civil Alberto Wagner Thomé afirma que a estrutura de sustentação da ponte é considerada boa, mas ela precisa de manutenção. “Tem segurança estrutural na base, nas fundações, nos pilares. A reivindicação é a estrutura em cima dela”, diz. Quem passa pelo local nota o estado precário da estrutura, em deterioração causada pelo tempo. O engenheiro afirma que, caso a manutenção seja constante, a ponte não sofrerá abalos. Caso contrário, em poucos anos, a falta de cuidados poderá afetar a estrutura. “Se não for feita a manutenção, ela vai deteriorar e afetar a estrutura da ponte. As ferragens podem apodrecer, daí afeta a estrutura.”, analisa o engenheiro.

Bióloga e coordenadora de Planejamento da Defesa Civil de Colômbia, Maria Inácia Macedo Freitas reforça que a situação é muito perigosa. “Temos tráfego de pedestres e trânsito intenso na rodovia. Há risco de uma pessoa cair no rio e falecer, como já aconteceu”, diz.

Ela lembra que o local é muito utilizado por pescadores das duas cidades. “Os lugares que estão quebrados são muito utilizados por pescadores. O risco de queda é maior. Estamos muito preocupados e pedimos para que o DNIT faça uma obra emergencial”, solicita.

RISCO

O motorista Valdir da Silva de Jesus e a funcionária pública Márcia Silva moram em Colômbia. Eles contam que costumam fazer a travessia a pé e precisam driblar pedras soltas e passar pelas muretas aos pedaços para chegar ao seu destino. “A ponte está mal conservada, está muito ruim. Está com os corrimões quebrados há anos”, reclama o motorista. “A ponte está péssima. Faz quarenta anos que a gente mora aqui e dá medo. Tive que pular as pedras. Dá medo, cheguei a tremer na base”, afirmou Márcia.

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