O Ministério Público confirmou o "afastamento cautelar" do prefeito Guilherme Ávila e de outro servidor investigado, conforme decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e da 1ª Vara Criminal da Comarca de Barretos.
A medida integra a Operação Holerites Premiados deflagrada nesta segunda-feira (14) pelo Ministério Público de São Paulo. A ação é realizada por meio do Setor de Competência Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Barretos, com apoio da Polícia Militar(CPI´S 03 e 05, 9º e 11º BAEP's) e da Polícia Civil (Seccional de Barretos),
Em nota, o MP informou que as investigações no Setor de Competência Originária Criminal e em procedimento investigatório criminal e inquéritos policiais perante a 1ª Vara Criminal de Barretos, demonstraram a existência de organização criminosa que atuava no interior da Prefeitura Municipal de Barretos, composta por dezenas de servidores municipais, inclusive dos mais elevados níveis hierárquicos.
A organização criminosa se valia de sofisticada atuação para fraudar holerites de servidores previamente aliciados, proporcionando o desvio e recebimento de valores que alcançaram milhões de reais em detrimento dos cofres públicos municipais.
Com a participação de 21 promotores de Justiça, 13 servidores do MPSP, 63 viaturas, 205 policiais militares e 21 policiais civis, deu-se o cumprimento de 73 mandados de busca e apreensão, além do afastamento cautelar do atual Prefeito Municipal e de outro servidor investigado, conforme decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e da 1ª Vara Criminal da Comarca de Barretos.
Além do cumprimento dos mandados, houve determinação de sequestro de bens e de indisponibilidade patrimonial de 42 pessoas beneficiadas pelos holerites premiados, buscando, assim, recuperar os valores desviados do erário. As investigações prosseguem com análise do material apreendido pra eventuais desdobramentos.
O Diário