Moradores de Frutal e da região realizaram, na manhã de sĂĄbado, 6, um ato pedindo reparo imediato na BR-364, no trecho entre o municĂpio e Planura. As melhorias do local são reivindicadas pelos cidadãos pelo menos desde 2018. No ano passado, o MinistĂ©rio PĂșblico Federal-MPF chegou a recomendar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -Dnit que recuperasse a rodovia.
Durante o manifesto pacĂfico, a rodovia ficou interditada por cerca de dez minutos e a PolĂcia RodoviĂĄria Federal-PRF fez o controle do trânsito.
De acordo com os manifestantes, a estrada estĂĄ repleta de buracos e os motoristas precisam usar o acostamento para desviar, alĂ©m da necessidade de dirigir na contramão. O trecho tem aproximadamente 40 quilômetros.
O chefe do policiamento e fiscalização da PRF, inspetor Diego Henrique de Oliveira Souza, afirmou que acidentes são frequentes neste trecho da estrada e que os motoristas precisam reduzir a velocidade e dirigir abaixo do limite para evitar problemas na rodovia.
Por nota, a assessoria do Dnit informou que a publicação da licitação para reparo da BR-364 deve ocorrer na primeira quinzena de fevereiro, mas não deu previsão de quando o problema serĂĄ resolvido.
Problema antigo
Em outubro de 2020, o MinistĂ©rio PĂșblico Federal recomendou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes que iniciasse a adoção de providĂȘncias efetivas para a recuperação, manutenção, conservação e sinalização horizontal e vertical da BR-364, no trecho entre o Quilômetro Zero e o Quilômetro 40, no municĂpio de Planura.
De acordo com o MPF, pelo menos desde 2018, esse trecho apresenta ondulações, buracos e falta de sinalização vertical e horizontal.
Situação atestada pela PRF
Em maio do Ășltimo ano, a PolĂcia RodoviĂĄria Federal, após vistoria realizada no local a pedido do MPF, manifestou-se no mesmo sentido: de que situação daquele trecho da rodovia compromete a segurança viĂĄria. A PRF ainda informou que, embora tenham sido feitas diversas solicitações ao Dnit alertando para a necessidade de obras de reparação e manutenção no local, não foi dada qualquer solução efetiva para o problema.
???Alguns serviços emergenciais atĂ© foram executados, como cobertura dos buracos, no entanto, foram medidas extremamente paliativas, de curta durabilidade, não proporcionando uma solução de reparo mais efetivo???, destacou o chefe da Delegacia da PRF em Uberaba.
Pontos de atenção
O relatório da PolĂcia RodoviĂĄria Federal indicou muitos pontos crĂticos, como a Ponte Gumercindo Penteado sobre o Rio Grande, em que foram verificados, alĂ©m da ausĂȘncia de quinze metros de guarda-corpo, vĂĄrios buracos de menor e de maior profundidade e ausĂȘncia de sinalização horizontal de divisão de fluxo. Na pista de rolamento da rodovia, os agentes da PRF encontraram buracos ainda maiores.
O relatório tambĂ©m apontou que, em alguns locais, o revestimento asfĂĄltico praticamente desapareceu e que a sinalização horizontal delimitadora da faixa de rolamento e do acostamento da rodovia Ă© praticamente inexistente em todos os 40 quilômetros do trecho, e ???a maior parte da extensão do meio-fio estĂĄ danificado/ausente, encoberto por terra e vegetação, alĂ©m de a sarjeta, em ambos os sentidos, se encontrar tomada por detritos que, em caso de ocorrĂȘncia de chuvas, vão prejudicar o escoamento da ĂĄgua e a drenagem do pavimento da via???.
Para o procurador da RepĂșblica, ???o fato de se tratar de um trecho de apenas 40 quilômetros não significa que deva ser preterido no planejamento do Dnit, pois se trata de um percurso de intenso fluxo de veĂculos e de rota de ligação entre vĂĄrios municĂpios da região???.