A equipe enfermagem da Unidade Mista de Saúde "Júlio Rodrigues de Paula", de Colômbia, que estavam de plantão na última segunda-feira, 5, se manifestou nas redes sociais contra a decisão de Luís Roberto Barroso ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender provisoriamente o piso salarial da enfermagem por 60 dias. Fotos da equipe foi divulgada nas redes sócias com "nariz de palhaço" como forma de manifesto a decisão monocrática.
"Não vamos desanimar, nossa luta nunca foi fácil, porém já vencemos muitas batalhas e com fé em Deus essa será mais uma e com vitória logo", comentou a chefe de enfermagem Maria Soares.
No domingo, 4, Barroso suspendeu a aplicação das regras e determinou, em medida cautelar, que grupos públicos e privados prestassem informações sobre impactos financeiros previstos. O magistrado também pediu informações sobre os riscos para a empregabilidade na área e a possibilidade de eventual redução na qualidade dos serviços prestados à população.
A decisão de Barroso, de suspender o piso, deve ser reavaliada pelo plenário virtual do STF a partir da próxima sexta-feira, 9. O piso, aprovado por Câmara e Senado, foi sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro e já seria pago pela primeira vez na ultima segunda para funcionários dos setores público e privado.
O piso salarial da enfermagem entrou em vigor em 5 de agosto, a partir da promulgação da Ementa Constitucional 124/2022 pelo Congresso Nacional e da sanção da Lei 14.434/2022. A norma estabelece que enfermeiros recebam ao menos R$ 4.750,00 por mês. O valor serve de referência para os salários de técnicos de enfermagem, com direito a no mínimo 70% desse montante (R$ 3.325,00), e auxiliares de enfermagem e parteiras, com pelo menos 50% (R$ 2.375,00).
O presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu na terça-feira, 6, na sede do STF com o
ministro para discutir uma saída para o piso nacional da enfermagem.