O período de Piracema terminou na terça-feira (28), sendo liberada a pesca de todas as espécies nativas do Rio Grande na quarta-feira, dia 1º. A pesca ficou proibida de novembro a janeiro de 2023. A medida é adotada no período em que a maioria das espécies se reproduz.
Ao longo dos quatro meses de restrição, a Polícia Militar Ambiental realizou diversas fiscalizações para combater crimes contra a Piracema. Na lista das proibições estava o pintado, dourado, piau, piapara, pacu, curimbatá, mandi, lambari e o barbado.
Conforme a Polícia Militar Ambiental, a prática está liberada, mas mesmo com o fim da Piracema, umas séries de regras permanecem. Devem ser observado pelos pescadores, o tamanho mínimo de captura de cada espécie, os locais permitidos e proibidos pela legislação, apetrechos permitidos para captura e a cota permitida por pescador amador, sendo de 10 quilos e mais exemplar, no caso da pesca esportiva.
Segundo o major Alessandro Daleck Moreira da Polícia Militar Ambiental, a importância da piracema para a conservação dos peixes se torna evidente quando se compreende o porquê dos peixes praticarem esse deslocamento.
"Os peixes sobem os rios em grandes cardumes, ficando extremamente cansados, fator que leva à prática da pesca predatória com facilidade, especialmente diante de barreiras como cachoeiras, hidrelétricas e corredeiras, locais onde a pesca é terminantemente proibida", explicou o comandante.
PINTADO
A pesca do pintado (ou surubim) voltará a ser permitida, com o fim da Piracema, inclusive no rio Grande e Pardo.
Houve uma proibição em 2022 da pesca da espécie, sendo classificada como vulnerável na lista oficial dos animais ameaçados de extinção. No final de janeiro deste ano, a portaria foi editada, tornando a pesca do pintado permitida, com o fim da Piracema.