A Justiça marcou para o dia 15 de dezembro o julgamento de Leonardo Silva, acusado de matar e enterrar o corpo da aposentada Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, no quintal da casa dela em Barretos. O réu, de 18 anos, foi preso em agosto deste ano por latrocínio - que é roubo seguido de morte, e debochou do crime na porta da delegacia após confessá-lo.
Na denúncia, o promotor de Justiça Wilson Rogério de Souza argumenta que Leonardo cometeu crime extremamente grave de natureza hedionda.
"[O crime] foi cometido mediante violência à vítima, com frieza e crueldade, provocando sua morte para fins de subtração de bens. Ademais, após ter causado a morte da vítima, o denunciado dirigiu-se a estabelecimentos comerciais, sem qualquer sentimento de culpa ou ressentimento diante da conduta previamente praticada e passou a utilizar os cartões para comprar roupas, móveis e bens supérfluos, demonstrando frieza e personalidade desajustada", afirma Souza.
Ao aceitar a denúncia, o juiz Luciano de Oliveira Silva, da 2ª Vara Criminal, ainda manteve a prisão preventiva de Leonardo pelo menos até o julgamento.
O magistrado considerou que além de haver fortes elementos sobre a autoria do crime, antes de ser preso, Leonardo ameaçou testemunhas e fugiu para Frutal, onde acabou sendo localizado pela polícia.
"Em liberdade, poderá influenciar os seus depoimentos [das testemunhas], razão pela qual sua prisão preventiva se mostra necessária para conveniência da instrução criminal. Por fim, é certo que após o crime o autuado buscou abrigo em cidade situada em estado diverso, sendo capturado após intensas buscas, o que evidencia, ainda, risco concreto à aplicação da lei penal caso seja colocado em liberdade."
A defesa de Leonardo informou que o réu não concorda com os termos da denúncia e que provará a inocência dele no curso do processo. Também declarou que as provas são insuficientes para a sua condenação.