O juiz Luciano de Oliveira Silva, da 2ª Vara Criminal do Foro de Barretos, aceitou o pedido da defesa de Leonardo Silva e instaurou o incidente de insanidade mental.
Com isso, o processo que investiga a morte de Nilza Costa Pingoud será suspenso até a conclusão do incidente de insanidade, que é um procedimento para investigar a condição da saúde mental de um réu.
O julgamento de Leonardo estava marcado para 15 de dezembro, mas com a instauração do incidente, não vai mais acontecer.
"A defesa conseguiu suspender o processo principal e fazer com que fosse determinada a perícia no acusado Leonardo. Sendo assim, não haverá mais a audiência marcada para 15 de dezembro", disse o advogado Luiz Gustavo Vicente Penna, que defende o réu.
Leonardo é acusado de matar Nilza, de 62 anos, e enterrar o corpo dela no quintal de casa. O crime aconteceu em julho, em Barretos. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taiuva (SP) desde o dia 3 de agosto.
No começo do mês, a defesa de Leonardo apresentou à Justiça um laudo médico que aponta que ele apresenta, pelo menos, três transtornos mentais.
O documento foi assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro e uma equipe de psicólogos, contratados pelos advogados que defendem o acusado.
A Justiça agora deverá nomear um perito judicial para reavaliar o comportamento de Leonardo e fazer novos exames. O médico responsável pelo laudo apresentado pela defesa acompanha a avaliação.
Se o perito judicial chegar à mesma conclusão de que o perito indicado pela defesa, o acusado pode ser encaminhado para um hospital psiquiátrico. Caso contrário, o processo sobre a morte de Nilza volta a ser julgado.
Na decisão, o juiz ainda pediu a gravação de todas as mídias existentes no circuito interno da residência da vítima.