Após quatro meses, o período de Piracema se encerra nesta quarta-feira (28), sendo liberada a pesca de todas as espécies nativas do Rio Grande.
Ao longo do período de restrição, que começou em novembro de 2023, a Polícia Militar Ambiental realizou diversas fiscalizações para combater crimes contra a Piracema. Conforme a Polícia Militar Ambiental, a prática está liberada, mas mesmo com o fim da Piracema, uma série de regras permanecem.
"O período da Piracema é um período mais chuvoso que faz com que os rios fiquem mais cheios, e os peixes entendem que é hora de desovar e se reproduzirem. Eles migram em direção às cabeceiras e nascentes dos rios", destacou em nota o 4º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, responsável por toda a região noroeste e nordeste do Estado de São Paulo.
Desde o início da Piracema até o momento, mais de sete mil pescadores foram fiscalizados nas áreas de pesca das 189 cidades que abrangem a área de cobertura do 4º Batalhão Ambiental. Foram realizadas mais de duas mil horas de navegação pelo policiamento náutico, o que resultou na apreensão de 5.779 redes de pesca armadas pelos rios, o que não é permitido durante a Piracema. 344 autuações às infrações foram geradas, sendo apreendidos mais de cinco mil e quinhentos quilos de peixes.
"O policiamento ambiental às margens dos rios garante que os peixes consigam completar o processo do ciclo de reprodução com o mínimo de interferência possível. Apesar de toda a orientação e, até mesmo, repressão à pesca predatória, alguns insistem em praticar infrações e crimes ambientais, capturando peixes durante a Piracema", diz a nota.
Com o fim do período de Piracema, volta a ser permitida a pesca de peixes nativos da bacia do Rio Paraná, entre eles Piau-três-pintas, Piapara, Pacu-caranha, Mandi, Traíra, Barbado, Curimbatá, Pintado e Dourado, lembrando que há um tamanho mínimo exigido para a captura de cada espécie nativa.