Três pessoas foram presas e outras quatro foram alvos de mandado de condução coercitiva – quando é levada para prestar depoimento – em sete cidades no interior de São Paulo por suspeita de envolvimento em um esquema ilegal de cobrança para aprovação de candidatos em exames práticos de direção.
Segundo a Polícia Civil, examinadores do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) e funcionários de autoescolas estão envolvidos na fraude, que tinha como alvo interessados em carteira de habilitação profissional, ou seja, nas categorias D e E.
“O que chamou mais a atenção é que justamente motoristas profissionais, que vão dirigir os caminhões, os ônibus e as vans, estavam tendo esse tipo de facilidade. Essa foi a grande preocupação que motivou toda essa investigação”, diz o delegado João Osinski Junior.
Em nota, o Detran-SP informou que se forem comprovadas as irregularidades, os servidores responderão a processo administrativo e, ao final, poderão ser exonerados. Já as autoescolas podem ser descredenciadas do sistema.
O esquema funcionava em Barretos (SP), Guaíra (SP), Colômbia (SP), Bebedouro (SP), Jaborandi (SP), Olímpia (SP) e Colina (SP). Ainda segundo o delegado, o valor cobrado pelos suspeitos variava de acordo com a cidade e as condições financeiras do candidato.
“Para evitar que se levantasse suspeita, o centro de formação fazia um pool: todos os candidatos inscritos naquela oportunidade pagavam uma determinada quantia para que fosse diluída e, dessa forma, todos obtivessem aprovação”, afirma.
O grupo também ameaçava reprovar os candidatos que se negassem a pagar os valores cobrados. As quantias individualizadas e o total obtido com a fraude, assim como o período em que o esquema funcionou, ainda estão sendo investigados.
“Candidatos que foram obrigados a pagar, e que tinham condições de serem aprovados no exame, se indignaram com esse tipo de atitude e procuraram a polícia, reportando que estava sendo cobrado para que houvesse a aprovação”, conta o delegado.
“Para evitar que se levantasse suspeita, o centro de formação fazia um pool: todos os candidatos inscritos naquela oportunidade pagavam uma determinada quantia para que fosse diluída e, dessa forma, todos obtivessem aprovação”, afirma.
O grupo também ameaçava reprovar os candidatos que se negassem a pagar os valores cobrados. As quantias individualizadas e o total obtido com a fraude, assim como o período em que o esquema funcionou, ainda estão sendo investigados.
“Candidatos que foram obrigados a pagar, e que tinham condições de serem aprovados no exame, se indignaram com esse tipo de atitude e procuraram a polícia, reportando que estava sendo cobrado para que houvesse a aprovação”, conta o delegado.
Em nota, o Detran-SP informou que vem colaborando com a investigação criminal e continuará a prestar todo o apoio necessário, reiterando seu compromisso de combater qualquer tipo de irregularidade no órgão.
"No âmbito administrativo, se comprovadas as irregularidades, os servidores responderão a processo administrativo e, ao final, poderão ser exonerados; parceiros, como autoescolas, poderão ser descredenciados. Como garante a Constituição, todos terão o direito a ampla defesa", diz o comunicado.