Jonathan em depoimento diz que Kelly reagiu e que houve luta corporal forte

???Ela tentou fugir e até chegou a abrir a porta do carro??? diz Jonathan em depoimento.

Por Portal Notícias Colômbia SP em 05/11/2017 às 03:44:00 - Atualizado há
???Ela tentou fugir e até chegou a abrir a porta do carro??? diz Jonathan em depoimento. - Foto: Facebook

???Ela tentou fugir e até chegou a abrir a porta do carro??? diz Jonathan em depoimento. - Foto: Facebook

A jovem de 22 anos que morreu após oferecer uma carona por WhatsApp no interior de São Paulo teve os braços amarrados por uma corda e foi arrastada. É o que contou nesta sexta-feira (3), em depoimento à Polícia Civil de Frutal (MG), o suspeito de roubar e matar a radiologista Kelly Cristina Cadamuro. Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, deve voltar a ser ouvido pela polícia na próxima semana. O inquérito sobre o caso tem até 30 dias para ser concluído.

De acordo com o delegado regional, Cézar Felipe Colombari da Silva, Prado disse como premeditou e cometeu o crime ocorrido no Triângulo Mineiro. 

No relato, o suspeito relatou ter amarrado a vítima após desacordá-la e, apesar do corpo de Kelly ter sido encontrado seminu, afirmou não ter cometido abuso sexual.

Conforme o delegado regional, o rapaz confessou ter agredido a radiologista e explicou que a jovem ficou seminua porque a calça saiu das pernas enquanto ele a arrastava para o córrego. A calça foi encontrada pela polícia a 3 Km do corpo. 

"No depoimento, ele diz que ela reagiu e que houve luta corporal forte. Ela tentou fugir e até chegou a abrir a porta do carro, mas ficou presa pelo cinto de segurança. Após isso, ele a estrangulou, amarrou os braços dela com uma corda que já estava na mochila dele, abandonou o corpo e fugiu com o veículo e os pertences dela, disse o delegado.

Polícia Civil não descarta estupro

A Polícia Civil informou ainda que Jonathan Pereira do Prado citou várias vezes durante o depoimento que não tentou abusar sexualmente de Kelly. Um dos braços dele estava com marcas de arranhões. A reconstituição do crime é uma possibilidade analisada pela polícia.

"Ele dizia que a intenção era praticar o roubo, mas não descartamos nada. Os primeiros exames não constatam violência sexual. No entanto, aguardamos laudo de necropsia com detalhes e o laudo do local do crime onde teremos mais detalhes. Essa documentação deve ficar pronta em até 10 dias", explicou.

O delegado Cézar Felipe Colombari informou também que tem até 30 dias para encerrar o inquérito. "Até terça-feira [7], vamos voltar a ouvir o preso. 

Precisamos ver se ele segue o mesmo depoimento. Familiares, amigos e o namorado também podem ser chamados. A polícia acredita que ela morreu ao reagir ao crime, segue na linha de investigação de latrocínio, mas não descarta nada. Seguimos os trabalhos", declarou.

Preso demonstrou frieza em depoimento

Durante o depoimento, o homem não demonstrou reações, segundo delegado Bruno Giovanini de Paula, que ouviu o rapaz na madrugada desta sexta-feira. O delegado comentou que ele narrava os fatos como se estivesse contando uma história.

“Estava frio e agindo normalmente. Disse que a viagem até a hora do crime foi tranquila e que Kelly estava bem calma durante o trajeto. Acreditamos que a morte aconteceu entre 20h e 21h de quarta (1º)”, declarou.

O namorado de Kelly, Marcos Silva, disse em entrevista que a garota ofereceu a carona por WhatsApp, mas que a viagem foi combinada por meio de ligação telefônica, através de uma mulher que alegou ser namorada do passageiro. Para a polícia, o homem preso contou que a maioria dos contatos com a radiologista foi feito através do aplicativo de bate-papo e negou participação de mulher no caso.

"Isso é um fato a ser apurado ainda. Ele falou que combinou com Kelly que ia viajar ele e a namorada, mas que isso era mentira e uma forma de passar mais confiança para a vítima. Essa questão ainda vai ser apurada com mais clareza", esclareceu Bruno.

 

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