A falta de gás nas distribuidoras na região de Barretos (SP), reflexo da greve dos caminhoneiros, ainda afeta a população. Nem a quermesse de Santo Antônio marcada para começar na sexta-feira (8) em Planura (MG), divisa com o Estado de São Paulo, está garantida, segundo o padre Douglas Araújo.
Preocupado com a falta do produto na cidade, o religioso viajou nesta quarta-feira (6) até Colômbia (SP) para tentar conseguir os 35 botijões e preparar as comidas típicas que serão servidas. No entanto, a situação é complicada.
“Estamos procurando para tentar salvar e realizar a festa. Mas, se não conseguirmos, vamos ter que cancelar, porque sem gás não tem como. A matéria-prima da festa para a realização dos quitutes é o gás. Temos fé”, afirma o padre.
Estoque zerado
Cerca de uma semana após o fim da paralisação dos caminhoneiros, que afetou a entrega do gás e de outras mercadorias em todo o país, a situação na região de Barretos ainda é crítica. O produto que chega aos depósitos sai de Paulínia, na região de Campinas, distante 365 quilômetros, mas os botijões entregues se esgotam em questão de horas.
Segundo os comerciantes, o medo de um novo desabastecimento leva as pessoas a comprar mais de um botijão, o que tem deixado muitos consumidores sem o produto.
Busca por produto
O comerciante, Fernando Maibashi, dono de uma distribuidora em Colômbia, recebeu o produto no domingo (2) e o estoque durou menos de uma hora. Por causa da distância entre as cidades distribuidoras, ele acredita que a regularização do abastecimento leve mais tempo.
"Até agora foi a única carga que eu recebi. O pessoal precisa do gás. Estima-se que até semana que vem regularize o abastecimento em Colômbia, que é a última cidade do Estado de São Paulo. As informações que a gente recebeu de Paulínia são de que nós somos os últimos da fila", afirma.
G1/Ribeirão e Franca/EPTV